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Um dos principais eventos culturais da cidade, o Contagem Geek, foi realizado no último sábado (16/8), no Parque Cataguás (antigo Fernão Dias). Mais que apenas um encontro de fãs da cultura pop, geek e oriental, o festival tem se afirmado como uma importante engrenagem para movimentar a economia local, gerando empregos, renda e oportunidades para pequenos empreendedores.

A atração ultrapassa as fronteiras do lazer e da cultura pop: fortalece o comércio local, impulsiona novos negócios, promove a diversidade cultural e reforça o sentimento de pertencimento da comunidade. Mais do que um festival, trata-se de um motor de desenvolvimento que projeta Contagem no cenário cultural e econômico da região.

   
Uma equipe formada por dezenas de profissionais trabalham na montagem e desmontagem do festival - Fotos: Vinícius Kelvin/PMC (1 a 3) e Vivian Leite/PMC (4)

Diretamente, o festival empregou expositores, empreendedores e trabalhadores temporários como montadores, eletricistas, monitores, seguranças, carregadores, brigadistas, entre outros, que atuaram antes e depois, na montagem/desmontagem, e durante o evento. A geração de renda também ocorre de forma indireta, como é o caso das lojas de alugueis de fantasias, que relataram um aumento no movimento no período do festival, impulsionado pela busca de cosplays, a fim de viver a experiência no evento de forma mais imersiva.

Um dos idealizadores do Contagem Geek, Yuri Soares, explicou que com o crescimento do festival, naturalmente, os espaços e a organização do evento precisaram se adaptar. "Para atender a demanda, este ano, criamos mais uma praça de alimentação com mais 13 empreendimentos da Economia Solidária (Ecosol). O evento cresceu e, hoje, mais pessoas trabalham na produção, montagem, desmontagem e limpeza. Tudo para entregar sempre a nossa melhor edição do Contagem Geek", afirmou.

  
Barracas de alimentação da Ecosol, itens de artesanato e produtos ligados ao universo geek são alguns dos itens comercializados no evento que geram renda aos empreendedores - Fotos: João Pedro Alcântara/PMC

Ao todo o evento mobilizou cerca de 200 profissionais incluindo, equipes de produção, segurança, fotografia, audiovisual e operadores de brinquedos. Além disso, a Prefeitura proporcionou um espaço para que os empreendedores locais atuassem no evento. Entre os comerciantes do município estavam 26 empreendimentos da Economia Solidária, 11 barracas temáticas com itens colecionáveis, 12 barracas de comida oriental (japonesa e coreana), quatro barracas medievais e oito mesas com artistas independentes..

Para o empreendedor de personagens impressos em 3D, Kevin Ferrarese, que participa desde a primeira edição, o crescimento do festival é perceptível, precisando expandir sua equipe para atender a demanda. “No início éramos só eu e minha esposa. Neste ano, já somos quatro para atender a demanda, porque o fluxo de clientes aumentou muito. O comércio de artigos geek cresceu bastante, criando novas oportunidades de emprego”.

A lojista de fantasias, Arabella Viana, contou que houve um crescimento expressivo no movimento da loja nas duas semanas anteriores ao evento. “Percebemos um aumento super especial na locação de fantasias. A cultura geek cresce a cada ano e conecta pessoas de todas as idades em momentos de criatividade e diversão. Ver nossos clientes entrando no clima geek, escolhendo personagens que amam e dando vida a cada detalhe das fantasias foi simplesmente maravilhoso”.

Cultura e gastronomia

A diversidade gastronômica se tornou um ponto de destaque do festival, abrindo espaço para a culinária brasileira e oriental. Para Jonathan Fernando Miranda, presente desde o primeiro festival e que trouxe nesta edição doces e sobremesas orientais, o encontro abre espaço para um intercâmbio cultural importante. “O público geek tem ligação forte com a cultura oriental, então a comida japonesa e coreana se encaixam muito bem. Além de vender, é uma chance de mostrar tradições como o dorayaki e o kakigori. É um crescimento não só econômico, mas cultural para a cidade", destacou.

   
Bebidas inspiradas em personagens, comidas típicas da culinária oriental e brasileira vendidas no evento, giram a economia e promovem intercâmbio cultural
Fotos: João Pedro Alcântara/PMC (1 e 3) e Luci Sallum/PMC (2 e 4)

O empreendedor da Ecosol, Amarildo Souza, presente desde a primeira edição, desenvolveu produtos temáticos especialmente para o público do evento. “Criamos chopps diferenciados, alguns coloridos e até com laranja, justamente para dialogar com o clima do evento. Ao longo desses anos, conseguimos trazer novidades que se conectam com o público e valorizam ainda mais o Contagem Geek”, explicou.

Para ele, a evolução do festival também reflete diretamente no comércio da cidade. “Percebemos um aumento significativo no fluxo de visitantes e isso abre novas oportunidades para todos os empreendedores locais. O evento é sensacional, economicamente traz resultados muito positivos e Contagem só tem a ganhar com isso”, avaliou Amarildo.

O evento foi realizado pela Prefeitura de Contagem e pela MH Produções Culturais, é uma iniciativa da Secretaria de Comunicação (Secom), com patrocínio da Tambasa Atacadista, via Lei de Incentivo à Cultura.

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